Recentemente acompanhei de longe um amigo num processo interior de transformação de uma imagem que tinha criado há 14 anos atras.
Trata-se obviamente de uma criação, de um nome, de uma identidade que desenvolveu e cresceu.
O problema quando se decide mudar, está precisamente na mudança, não no estudo da nova imagem, não no estudo de Marketing, nos desenhos, na sua implantação, etc. O problema é o sentimento de perda, do que fica para trás, da saudade e da insegurança que o que estamos a alterar não represente o que temos feito uma vida.
Mas os desenhos, os logos, não vão mudar a essência do que temos feito. Se está certo, se é correcto, se é bom, se tem potencial e fundamentalmente tem resultados, então nada muda. Tudo se resume ao receio da incerteza, ao medo de arriscar, porque inevitavelmente o sucesso não é garantido por logos, mas pelas pessoas que estão por detrás deles
Os novos desenhos, os novos logos só vão fortificar o que foi feito, mas desta vez trazem apenas os sucessos. Os insucessos ficam para trás. O que trás o novo símbolo é precisamente a consolidação de uma marca que faz bem, que faz o correcto, que ajuda, que se esforça, que preenche.
A mim já me aconteceu precisamente o contrário. Ter uma marca que por erros consecutivos não teve sucesso. Evidentemente que acabou. O que me lembra esse logo são erros, erros esses que não volto a repetir
O meu amigo conseguiu ter sucesso, não é perfeito, ninguém o é, mas certamente terá muito mais sucesso que eu tive há uns anos. Não foi a mudança de logo que o vai tornar pior nem melhor. O que o vai tornar melhor é ele mesmo.
Simão Machado